Nem todo mundo sabe o que é uma corporate venture. Aliás, pouca gente sabe. Mas, será que é importante saber sobre isso? A verdade é que se trata de um termo que é importante de ser conhecido, ainda mais se você é alguém que se atualiza sobre investimentos.
O que podemos adiantar é que se trata de algo que diz respeito à grandes empresas. Inclusive, já vamos adiantar uma coisa aqui. Se você acha que corporate venture é uma ação interna de uma companhia você está errado. Isso é o que a maioria das pessoas pensam, mas está errado.
Abaixo você vai descobrir o que é uma corporate venture, inclusive, com a voz de especialistas da área de finanças. E vai descobrir também porque esse assunto pode começar a te interessar a partir de agora. Continue lendo para saber tudo sobre o termo financeiro.
O que é uma corporate venture
Para que você não pense que esse é um conteúdo que vai enrolar até explicar o termo, já vamos direto ao assunto. Uma corporate venture é uma expressão muito usada para definir o investimento de grandes empresas em negócios nascentes.
Negócios nascentes? Isso mesmo. São negócios que são feitos pensando no futuro, sendo que as empresas se tornam investidoras e futuras compradoras. Samy Dana é um especialista financeiro e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que definiu muito bem o termo. Veja:
“No corporate venture você tem um capitalista que vai aportar um recurso em uma nova empresa que precisa do financiamento. Assim sendo, ao invés de dinheiro, a empresa tem, na troca, uma participação nos lucros ou o direito ao voto”.
Marcos Hashimoto, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA) também falou sobre a corporate venture: “essa parte em que as empresas são investidoras de negócios emergentes e fazem a compra de ações é chamada de corporate venture capital”.
E tem ainda a corporate venture externo, que é quando a empresa investe de formas menos diretas, seja através de um espaço cedido, da marca ou até mesmo auxiliando nos canais de comunicação.
Para que serve uma corporate venture
Dessa forma, se você entendeu o que é uma corporate venture, o próximo passo é saber para que elas servem, não é mesmo? Saiba que a ideia está em favor da inovação. Mas, também pode ter a ver com o aumento de produto de investimentos baixos ou reconhecimento.
Há sim empresas que fazem isso por reconhecer um bom projeto, ainda mais se ele tiver a ver com a economia criativa, que está em alta. Até mesmo porque em todos os tipos de corporate venture há um propósito de novos negócios e novas oportunidades.
Hashimoto traduz isso: “isso permite que a empresa não precise reinventar a roda novamente. Assim, ela não precisa mudar a sua estrutura, pois sabe de empreendedores externos que fazem coisas interessantes para elas”.
Por outro lado, se isso serve de ótima maneira para as empresas investidoras também é bom para a startup, que é essa pequena empresa que recebeu o incentivo. Seja pelo acesso aos novos clientes, as parcerias ou a geração de empregos e atração de novos investimentos.
Inclusive, é muito legal de saber que grandes corporações internacionais fazem o uso do corporate venture. Entre eles: Google, Buscapé, Natura, Bradesco, Intel.
Os riscos com as corporates ventures
Para finalizar o conteúdo é preciso falar também sobre os riscos que esse tipo de negócio oferece. Se por um lado entender o que é uma corporate venture nos mostra uma nova oportunidade de negócios, entre empresas de grande porte e startups, por outro, temos riscos.
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E quem fala dos riscos é Carlos Arruda, que é da Fundação Dom Cabral. Para ele, pode haver efeitos colaterais, como um risco financeiro ou de exposição da empresa. Para Hashimoto, a opinião é a mesma.
“A adaptação acaba matando algumas das características organizacionais que davam a liberdade para a startup trabalhar. Só que esse é o preço que se paga”. E ele também fala dos fracassos. “O investidor acaba perdendo dinheiro em alguns negócios também”.
Curso para aprender mais sobre as corporates ventures
Mesmo que você tenha entendido o que é uma corporate venture, pode ser que ainda tenha ficado alguma dúvida sobre esse assunto. Se esse é o seu caso, considere que o Insper tem um curso de curta duração que trata do tema de forma muito objetiva e detalhada.
O curso é feito em parceria com várias empresas, inclusive, com a Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital. No curso, o aluno vai ver sobre os desafios das grandes empresas para com a inovação e com os novos negócios que podem surgir.
O Insper lista 3 objetivos do curso: discutir o Open Innovation, comparar os modelos de Corporate Venture Capital e identificar os modelos mais apropriados para as empresas. Atualmente, ele é formado pelo corpo docente: Rodrigo Menezes, Guilherme Monteiro, José Aranha e Andrea Minardi. Saiba mais.
